Marcelo Danielli, é diretor de Vendas da Iveco Cofipe. O executivo tem mais de 30 anos de experiência no mercado automobilístico, com atuação na área comercial e expertise em planos de negócios. Ele conversou com a revista SETCESP sobre como fidelizou, ao longo de seus 25 anos, mais de 22 mil clientes que sabem onde encontrar veículos da marca Iveco.
Quais valores e condutas considera que foram essenciais para a Iveco Cofipe chegar aos 25 anos com solidez?
Com certeza, esta longevidade é decorrente da gestão do Grupo Comolatti, através de uma governança atuante, profissionalizada e pela parceria com a marca italiana Iveco, que também vem de longa data, até mesmo antes da Cofipe iniciar suas atividades, talvez poucas pessoas saibam, mas o nome Cofipe é derivado do início desta história: ‘Comolatti Fiat Peças’.
Na sua visão, o que no Brasil precisa avançar para melhorar o transporte rodoviário de cargas?
Investimentos em infraestrutura, não somente em rodovias, mas em todos os modais de transporte, pois muitos gargalos do transporte rodoviário acontecem exatamente no momento de interação com os demais modais, tais como portos, ferrovias, etc. Além disso, um crescimento sustentável do PIB e previsibilidade econômica.
Como avalia o mercado brasileiro de caminhões e o que fazer para se manter competitivo neste segmento?
É preciso se atualizar e sempre apresentar soluções ao mercado que aumentem a eficiência operacional, seja através dos produtos comercializados ou de serviços, que otimizem o resultado do transporte. A oferta de novas matrizes energéticas também será um divisor de águas para permanecer competitivo.
Quais benefícios o novo motor Euro 6 traz aos clientes?
Menor consumo de combustível em função da maior eficiência na queima, maior vida útil dos motores e obviamente, menos emissão de gases poluentes ao meio ambiente.
Como estão as expectativas para as vendas de caminhões, após as medidas de incentivo por parte do governo?
A expectativa sempre é positiva, porém, na minha opinião, esse deveria ser um programa permanente para a renovação de frota e não apenas por 4 meses. O processo de aquisição de um caminhão não é tão célere quanto o dos veículos leves, que reage mais rápido aos incentivos que o mercado disponibiliza. Outro ponto é o crédito a estes consumidores. Sair de um caminhão de 20 anos de uso para um zero km é um passo bem grande, e precisa de crédito a juros menores.
Quais os principais desafios para os próximos 25 anos da Iveco Cofipe?
Aproveitar as oportunidades de crescimento que até mesmo um mercado adverso proporciona e, junto com a montadora Iveco, continuar apresentando soluções efetivas ao mercado de caminhões e ônibus, em produtos e serviços.
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