Por Ricardo Henrique, analista de dados do IPTC
À medida que milhares de veículos de transporte de cargas circulam pelas estradas, cumprindo a importante missão de entregar mercadorias e abastecer empresas e comunidades, é inevitável dizer que estão suscetíveis a um grande problema: os acidentes de trânsito.
Infelizmente, esses incidentes não apenas resultam em danos materiais, mas também geram lesões e, em situações trágicas, custam vidas humanas.
A falta de atenção dos condutores e o desrespeito às leis de trânsito são os principais motivos pelos quais acontecem acidentes. Razão pela qual a Semana do Trânsito torna-se relevante, um evento que ocorre entre os dias 18 e 25 de setembro, que nos lembra anualmente, da importância de sermos cuidadosos com o objetivo de tornar as estradas um lugar mais seguro. Especificamente, 25 de setembro marca o Dia Nacional do Trânsito.
Neste artigo, analisaremos o perfil dos envolvidos nos acidentes que conduzem caminhões ou veículos de carga. Vamos observar cuidadosamente as informações relacionadas a essas pessoas, o que nos proporcionará um entendimento mais profundo dos motivos por trás desses acidentes e a descobrir formas de preveni-los.
Quando olhamos para os acidentes de trânsito envolvendo o transporte de cargas, fica claro que a maioria dos motoristas é composta por homens. As mulheres, por sua vez, representam pouco mais de 6% dos envolvidos, sendo que em cerca de 3,29% dos casos, não há informações sobre o gênero das pessoas afetadas.
Essa predominância masculina pode ser explicada, em parte, pelo fato de que historicamente mais homens se dedicam ao trabalho de condução de veículos de transporte. No entanto, é importante destacar que a presença feminina no setor está aumentando gradualmente, o que pode influenciar essas proporções no futuro.
Além do gênero, a faixa etária das pessoas envolvidas em acidentes de trânsito relacionados ao transporte de cargas também oferece informações preciosas.
De maneira notável, o grupo entre 36 e 50 anos se destaca com a maior quantidade de acidentes, representando 40,6% dos casos. A faixa de 21 a 35 anos também é expressiva, correspondendo a 25,8% dos casos.
Ao compreender os grupos etários mais suscetíveis a acidentes, é possível direcionar esforços de conscientização e educação de forma mais eficaz.
É importante destacar que os dados aqui examinados abrangem todo o período de 2022, até o primeiro bimestre de 2023. O estudo compreende apenas os acidentes envolvendo o transporte rodoviário de cargas nas rodovias brasileiras.
Quanto aos tipos de lesões mais comuns sofridas pelos envolvidos em acidentes, felizmente, a maioria das pessoas sai ilesa (61,79%). Há uma parcela significativa de casos de lesões leves (21,49%) e lamentavelmente, cerca 6% são graves. Pior ainda, aproximadamente 4% dos acidentes resultaram em óbitos. Triste realidade.
Essas estatísticas reforçam a importância da prevenção de acidentes, uma vez que as consequências podem variar de lesões leves a graves, e até mesmo à perda de vidas.
Por fim, analisando o perfil dos envolvidos em acidentes no transporte de cargas, observamos padrões preocupantes. Em resumo, homens representam a maioria dos casos (90,21%), enquanto a faixa etária mais afetada é de 36 a 50 anos (40,6%) e cerca de 4% dos acidentes resultam em óbitos.
Tais estatísticas enfatizam a urgência da prevenção. As informações colhidas sobre quem está envolvido nesses acidentes, servem ainda para nortear modelos de estradas mais seguras.
E, ao compreender o perfil dos envolvidos, podemos trabalhar juntos para ações de conscientização, treinamento adequado aos profissionais do volante e outras medidas de segurança que reduzam acidentes no trânsito.
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