Existem recursos e métodos que as transportadoras podem adotar para diminuir a rotatividade de profissionais, principalmente, de motoristas
De acordo com um estudo conduzido pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), 81% das empresas de transporte rodoviário de cargas de São Paulo e região percebem uma crítica falta de motoristas no mercado de trabalho. Dessas 34% tiveram grande turnover, ou seja, uma alta rotatividade de profissionais.
Outro dado do estudo, revelou que o tempo médio de permanência do motorista dentro da empresa antes do desligamento é de apenas um ano e nove meses.
Diante deste cenário, a falta de motoristas é mais um dos motivos para que as transportadoras encontrem caminhos a fim de melhorarem a retenção de talentos e conseguirem diminuir a rotatividade de pessoal que reflete em custos de admissão, treinamento e demissão, além do déficit de mão de obra no seu quadro colaboradores.
Como identificar um talento? Um talento pode ser reconhecido com base em duas variáveis: valores e produtividade. Pode então ser considerado como talento o profissional que abraça os valores da companhia e atua em prol dela com alta performance.
A retenção desses talentos é o conjunto de ações com o objetivo de manter na empresa os bons colaboradores, por meio de estratégias de reconhecimento, oferta de benefícios corporativos, atividades de integração ao ambiente de trabalho, entre outras condições.
Tais estratégias já são adotadas pelas maiores companhias do mundo, mas mesmo as micro e as pequenas empresas devem se atentar ao assunto, que vem gerando um diferencial competitivo para as companhias.
De fato, não é de hoje que, muitos empresários vem considerando os seus colaboradores como o ativo mais precioso da organização. Isso se dá pelo motivo de os profissionais serem indispensáveis para o andamento das atividades, ainda mais em se tratando do setor de transporte rodoviário de cargas. Os motoristas por exemplo, são o contato da empresa com o consumidor final, por isso acabam sendo também, a vitrine que mostra a política da empresa e como ela se relaciona com o mundo externo.
No entanto, é um grande desafio das empresas mostrar aos seus profissionais que elas realmente se preocupam com eles, e não apenas por meio de discursos motivacionais, mas com ações. Por isso, confira agora algumas dicas práticas para fazer isso!
Boa comunicação – Os líderes e gestores precisam estar atentos e evitar qualquer tipo de ruído de comunicação em sua equipe. A prática do feedback é um bom jeito para gerar o sentimento de pertencimento, o que é muito determinante quando o colaborador precisa decidir se deseja ou não permanecer na companhia.
Valorização – Mostrar o quanto profissional é importante para a empresa produz mais motivação. Lembrando que valorização e reconhecimento podem também ser sinônimos de recompensa e ser projetado no formato de bonificação financeira, folga, premiação em viagem, cursos pagos pela empresa, ou mesmo, em um simples gesto de agradecimento.
Plano de carreira – Um plano de carreira e remuneração baseado na meritocracia estimula o colaborador e o faz ter mais foco para desempenhar suas atividades. É importante ter claro em uma empresa quais são os cargos possíveis de serem conquistados e o que é preciso para concorre-los. Assim o colaborador saberá até onde poderá chegar e como deverá fazer para alcançar seus objetivos.
Qualidade de vida – Quando o profissional não tem mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional, isso se torna um motivo para que ele busque uma nova oportunidade. Essa é a razão também pela qual uma empresa deve se atentar aos problemas físicos e emocionais que um colaborador pode desenvolver. Uma medida simples para auxiliá-lo a manter a qualidade de vida é ter políticas transparentes quanto a jornada de trabalho considerando o período de férias e folgas programadas.
Segurança profissional – Tantas transformações no mundo corporativo podem gerar certo desconforto em alguns colaboradores diante das mudanças; como quando ocorre alterações em algum procedimento que para eles costumava ser habitual. Esse é um motivo para que se ofereça nas organizações um ambiente em que o cooperativismo seja prioridade e faça com que os trabalhadores se sintam confiantes para desempenharem suas atividades e vestirem a camisa da companhia.
Como você pôde perceber, não existe uma fórmula pronta para a retenção de talentos. Mas essas ações em conjunto são capazes de transformar a empresa em um local no qual os bons profissionais se sintam bem, e façam questão de trabalhar.
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