Longevidade nas empresas e o lifelong learning
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Descubra esta forma de pensar e agir que pode ser uma grande estratégia para manter o colaborador atualizado, por anos, no mercado

Nunca se viveu tanto como agora, e a longevidade tende a avançar ainda mais. Este fator está combinado a um cenário no qual a taxa de natalidade diminuiu e, ao mesmo tempo, as famílias demoram mais a ter filhos.

De acordo com uma recente pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em agosto deste ano, a previsão é de que a taxa de aumento populacional no Brasil, que em 2024 deverá ser de cerca de 0,4%, diminuirá gradativamente até 2041.

Então, daqui a alguns anos, assistiremos à redução da população no país e o número de jovens ingressantes no mercado de trabalho, por sua vez, será menor. Desse modo, as empresas tendem a aproveitar os talentos de pessoas com mais anos de idade, contudo, para isso será necessária uma constante atualização do conhecimento.

Tempo atrás, a vida era dividida em três fases: educação, trabalho e aposentadoria. Esse modelo fez bastante sentido para as gerações anteriores. Na década de 40, um profissional de 50 anos já podia estar contando as horas para a aposentadoria. Segundo o IBGE, naquela época, as pessoas nessa idade tinham, em média, mais 19 anos de vida pela frente. Hoje, quem tem 50 anos deve viver em média mais uns 30 anos.

Assim, é compreensível que o período de educação, apenas no início da vida, não seja mais suficiente para sustentar uma carreira por tanto tempo. Além disso, as inovações tecnológicas impõem a busca contínua de aprendizado.

Por conta destas transformações, já podemos ver muitas pessoas mudando de carreira, independentemente da idade, e novas profissões surgindo. Daqui a alguns anos, será comum a contratação de estagiários ou trainees com 40 anos, ou mais.

O fato é que a idade não será mais critério de contratação, e os profissionais de RH terão que trabalhar mais para garantir que as necessidades dos colaboradores, em se tratando de atualização e treinamento, sejam atendidas, inclusive, daqueles com bastante tempo de casa e mais experientes.

Lifelong learning: o que é esse conceito de aprendizado

Considerando estes aspectos, foi que surgiu o lifelong learning, que em tradução livre para o português significa algo como aprendizado ao longo da vida. Essa filosofia de aprendizagem vai além da educação formal e abrange todas as áreas da carreira e pode ser entendida como a lógica de nunca ser tarde ou cedo demais para aprender algo.

Neste conceito é importante ressaltar que, a educação formal (formação no ensino superior, por exemplo) é apenas uma parte da qualificação, devendo o profissional realizar treinamentos ou cursos complementares, participar de eventos, workshops ou palestras, entre outras formas de agregar valor para sua carreira.

Para melhor aplicação desta metodologia, foram desenvolvidos quatro pilares que guiam a estratégia. São eles:

  • Aprender a conhecer – Transformar a busca pelo conhecimento em uma rotina satisfatória;
  • Aprender a fazer – Colocar em prática as teorias aprendidas para auxiliar no processo de fixação de conteúdo;
  • Aprender a conviver – Aprimorar conhecimento por meio da interação com outras pessoas; e
  • Aprender a ser – Dar foco no desenvolvimento da autonomia para o profissional conhecer coisas novas.

O objetivo principal do conceito de lifelong learning é garantir que a empresa tenha equipes mais competentes, despertar nos colaboradores a importância de se estar atualizado e acompanhar as transformações sociais e tecnológicas do mercado ao longo do tempo.

Quando um colaborador, independente de sua idade, entende o momento de se reinventar e adquirir novos conhecimentos sobre sua área de atuação, ele está trazendo um dinamismo tanto para a sua própria jornada profissional, quanto para a empresa da qual faz parte.

Ainda que a busca pelo desenvolvimento e aprimoramento profissional deva partir também do próprio colaborador, empresas que promovem e respaldam essa abordagem têm equipes mais preparadas para enfrentar os desafios futuros.

Por isso, essa forma de pensar pode, ao mesmo tempo, contribuir para a diversidade etária e impulsionar o crescimento e desenvolvimento sustentável da organização, já que conhecimento é poder. Quanto mais sua empresa incentiva o aprendizado na equipe, maior a sua competitividade.


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