Por meio de um processo integrado, o Grupo Apisul oferece diferentes produtos relativos à cobertura de seguros e a gerenciamento de risco, utilizando para isso, o desenvolvimento de inteligência artificial e uma forma única de automatização de processos com uso da tecnologia
Paulo Roberto Purper da Cunha fundou o Grupo Apisul em 1985, segundo ele na época motivado por uma carência de corretores especializados no segmento de seguro de transportes. Desde então, atua como presidente da empresa, e contou à Revista SETCESP como vem se dedicando ao desenvolvimento de inovações para o setor de transporte de cargas.
Quais são as soluções que o Grupo Apisul oferece ao mercado?
Contamos com um processo integrado no qual conseguimos, em uma única companhia, apresentar soluções para todos os segmentos que uma empresa de transporte ou embarcador necessita. Entre nossos produtos, estão a gestão de coberturas securitárias, o atendimento e regulação de sinistros, o plano de gerenciamento de risco integrado a outras plataformas, como o monitoramento de carga, a tecnologia embarcada (botão de pânico, macros corretas, etc) e o ApisulCard (um cartão com multifunções para a gestão de meios de pagamento), além de soluções em tecnologia que complementam o portfólio da empresa. Ofertamos soluções que atendem o setor de transporte de cargas do início ao fim.
Qual tem sido a importância da tecnologia para evitar sinistros?
A tecnologia tem um papel essencial na inibição prévia de riscos, sendo capaz de prever possíveis ocorrências. Também contribui diretamente na causa do sinistro, permitindo, por exemplo, realizar bloqueio de veículo, identificar sua localização em tempo real e perceber se ele está parado ou em movimento. Ou, até mesmo, auxiliar para que seja possível o envio de uma equipe ao local, caso seja identificada alguma irregularidade e não se consiga contatar o motorista, com o sistema de pronta-resposta.
Como o senhor avalia a atual situação dos gerenciadores de risco no Brasil? E como a Apisul se destaca neste cenário?
Nos últimos cinco anos ocorreu uma explosão no setor de gerenciamento de riscos com a atuação de diversos players neste segmento. Consequentemente, houve uma desqualificação com relação à necessidade de investimento na área, que requer aumentos em mão-de-obra, espaço físico e suporte de tecnologia. A Apisul se destaca porque, há mais de 10 anos, focamos no desenvolvimento do sistema de informática, incluindo tecnologias de inteligência artificial. Inicialmente, prezamos pela integração das principais tecnologias do Brasil, o que permitiu rapidez e automatização dos processos, gerando simplicidade na operação. Além disso, também focamos na inteligência das informações, a qual permite que tenhamos uma percepção de encaminhamento para cada ocorrência. Hoje, complementamos com um banco de dados muito grande, que possibilita prevermos tudo o que pode acontecer com o veículo e a carga durante o transporte. Nosso maior diferencial no mercado é, portanto, a capacidade de ofertar sistemas e tecnologias que consigam suprir todo o processo de gerenciamento e monitoramento de riscos.
Mesmo em declínio, os números de roubos de cargas no País continuam elevados. O que o transportador pode fazer para tentar, de alguma forma, se resguardar deste problema?
Hoje, as empresas precisam ter nas suas estruturas uma central de gerenciamento de riscos que administre e permita as boas práticas oriundas do segmento. Desta forma, é possível enxergar o universo em que a empresa atua, quais são os tipos de produtos que transporta e quais são os motoristas e os veículos que utilizam, permitindo assim, primeiramente, uma análise de todos os cenários de implantação da empresa. Já como segundo passo, está a escolha de um bom player que consiga colaborar com a empresa na orientação de motoristas. Caso a empresa não tenha estes preparos, certamente o índice de sinistralidade aumentará muito.
Quais as expectativas de crescimento para o Grupo Apisul no próximo ano?
Apesar de um cenário de dificuldades em importação e exportação, com falta de matéria-prima em diversos setores em todo o Brasil, nossas perspectivas são muito boas. Estamos vivendo a pandemia de uma forma melhor do que esperávamos. Neste ano, o e-commerce está crescendo na ordem de 35 a 40%, fazendo com que o mercado tenha grande movimentação. O suporte financeiro realizado pelo governo acelerou este processo, então não podemos ter plena certeza de como ficarão os nossos resultados após a suspensão do auxílio emergencial. Mas a perspectiva é de um crescimento constante, na ordem de 13 a 15%.
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